25 novembro 2010

Redundâncias

Um evento recente, Congresso das Comunicações, contou com a distinta presença dos respectivos secretário de estado na abertura e ministro no encerramento. O curioso é que das 23 páginas do discurso inicial o ministro repetiu 18. Inquirido sobre o assunto, declarou achar normal, só provava a existência de alinhamento e sintonia dentro do ministério. A mim, a palavra que me ocorre não é bem sintonia, é mais redundância. Se um deles não tivesse participado não se perderia muito, Aliás quando olho para alguns ministros actuais sou assaltado pelo mesmo sentimento: se aquele/ se aquela não existisse naquela função, notar-se-ia muito a sua falta?

Recentemente tive a oportunidade de ouvir ao vivo um discurso de um secretário de estado e pela postura, pela mensagem, pela forma e pelo conteúdo, não consegui pensar noutra coisa que não fosse: este indivíduo é supérfluo !

Em conclusão, penso que podemos dispensar uma boa parte dos ministros e secretários de estado e não se notaria muito a sua falta. Se as contas públicas melhorariam com isso, já não estou tão seguro. Os ministros dispensados passariam a administradores de empresas públicas e até a ganhar mais; os secretários de estado passariam a assessores de qualquer coisa, como aquele jovem ex- funcionário do PS de Lisboa que ao mesmo tempo que vigarizava o Instituto de Emprego, tinha um belo vencimento, 3000 e tal euros, como assessor de uma vereadora da Câmara de Lisboa que assegura tratar-se de um cargo de confiança política ! Por coincidência, ou não, é a mesma autarquia que ainda não parece saber ao certo o tamanho do seu buraco financeiro, nem como fazer para o controlar e sanear...

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