Quando escrevia há poucos dias atrás acerca do folhetim político da introdução de portagens nas scuts e previa que antes de as novas portagens entrarem em vigor ainda iriam chegar mais novas “ideias”, acertei.
Agora o identificador deixou de ser obrigatório. A identificação pode ser feita fotografando a matrícula. Até já lhe chamaram uma solução de bom-senso. Calcularam os custos totais de processar a transacção dessa forma? Os senhores sabem que esse processo não é 100% fiável? E lá vem um efeito colateral: quem tiver via verde pagará de certeza, quem não tiver fica à mercê da fiabilidade do outro sistema que pode falhar até 10% das leituras, dependendo de factores como intensidade da circulação, condições atmosféricas e da quantidade de “lixo”, involuntário ou não, que estiver na matrícula. Não me parece justo e acho que alguém ainda vai exigir que o identificador da Via Verde passe a ter um botão de desligar para poder desactiva-la ao passar nas ex-scuts e poder ficar em igualdade de circunstâncias com os demais. Ou então, para compensar, e como é feito nalgumas aplicações deste sistema, o custo de passagem com leitura óptica deveria ser mais elevado... ! É só mais uma “ideia”...
E, em termos de protecção de privacidade, qual a diferença entre uma leitura electrónica de um identificador e uma leitura óptica automática de uma matrícula? E, já agora, com uma percentagem grande de veículos sem identificador a probabilidade de eu ser fotografado colateralmente é elevada. Isso será constitucional ?
Porquê esta nova trapalhada? Porque, para encravar o processo, em vez de se ir ao fundo da questão achou-se melhor lançar uma gincana jurídica em torno da obrigatoriedade do identificador. É um exemplo típico dos habituais malabarismos legais em que por hábil manipulação do acessório, se desperdiçam recursos e se impede o bom funcionamento da justiça e das instituições em geral.
Pior do que pagar é a cobrança ser feita por uma máquina ineficaz, pouco fiável e não equitativa. Esperemos pelas próximas ideias e gincanas...
Agora o identificador deixou de ser obrigatório. A identificação pode ser feita fotografando a matrícula. Até já lhe chamaram uma solução de bom-senso. Calcularam os custos totais de processar a transacção dessa forma? Os senhores sabem que esse processo não é 100% fiável? E lá vem um efeito colateral: quem tiver via verde pagará de certeza, quem não tiver fica à mercê da fiabilidade do outro sistema que pode falhar até 10% das leituras, dependendo de factores como intensidade da circulação, condições atmosféricas e da quantidade de “lixo”, involuntário ou não, que estiver na matrícula. Não me parece justo e acho que alguém ainda vai exigir que o identificador da Via Verde passe a ter um botão de desligar para poder desactiva-la ao passar nas ex-scuts e poder ficar em igualdade de circunstâncias com os demais. Ou então, para compensar, e como é feito nalgumas aplicações deste sistema, o custo de passagem com leitura óptica deveria ser mais elevado... ! É só mais uma “ideia”...
E, em termos de protecção de privacidade, qual a diferença entre uma leitura electrónica de um identificador e uma leitura óptica automática de uma matrícula? E, já agora, com uma percentagem grande de veículos sem identificador a probabilidade de eu ser fotografado colateralmente é elevada. Isso será constitucional ?
Porquê esta nova trapalhada? Porque, para encravar o processo, em vez de se ir ao fundo da questão achou-se melhor lançar uma gincana jurídica em torno da obrigatoriedade do identificador. É um exemplo típico dos habituais malabarismos legais em que por hábil manipulação do acessório, se desperdiçam recursos e se impede o bom funcionamento da justiça e das instituições em geral.
Pior do que pagar é a cobrança ser feita por uma máquina ineficaz, pouco fiável e não equitativa. Esperemos pelas próximas ideias e gincanas...
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