30 junho 2010

Os putos e os homens

Não sei de futebol o suficiente para concorrer com os largos milhares, ou até mesmo milhões, de comentadores que opinam hoje sobre a derrota de ontem contra a Espanha. Mas posso falar de atitudes.

E lembrei-me do jogo contra a Inglaterra no Europeu de 2000. Era o nosso primeiro jogo e aos 18 minutos já estávamos a perder por 0-2. Parecia que o fado estava feito. Mas não foi assim. Pelo impulso de uma locomotiva de energia física e anímica chamada Luís Figo, a equipa não aceitou o resultado e acabou por dar a volta ao jogo e ganhámos por 3-2.

Esse dia marcou para mim uma diferença em maturidade nestas andanças pela forma de reagir à adversidade, pela perseverança e, de uma forma mais simples, por não deixar de acreditar e não perder o discernimento.

Ontem não vi nada disso. Após o golo espanhol, nunca mais a equipa acertou e o menino Ronaldo, a vedeta, o capitão, o líder, que até aí pouco tinha feito não cresceu. Desapareceu e quando apareceu, desatinou.

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