Um jornalista é também um cidadão e, como tal, tem todo o direito de intervir na vida pública. Um médico pode ser candidato a uma autarquia. No entanto, quando eu o consultar não o quero ouvir fazer campanha eleitoral. Não pode nem deve utilizar a sua actividade e visibilidade profissional para isso. É uma questão de nunca nos esquecermos de quem nos paga e com que objectivos.
Um jornalista, assim com um magistrado ou outro profissional qualquer, tem todo o direito de achar que derrubar o governo actual é um imperativo moral e de cidadania e no qual deve aplicar todas as suas forças independentemente da natureza da motivação e dos argumentos que o sustentam. Até pode achar que é um alto e nobre desígnio.
Agora, não podem é utilizar a sua actividade profissional e desfrutar do seu espaço de informação como se fosse um simples blogue pessoal, que é a versão mais moderna e menos interactiva da conversa no barbeiro. Não estudei jornalismo mas eles deverão tê-lo feito. E mesmo sem grandes bases teóricas sei, e eles também o deverão saber, que o publicar, tornar público, algo, tem um conjunto de regras e de princípios sem os quais a dignidade e a credibilidade da profissão desaparece.
Que dizer dos “jornalistas” que não conseguem sequer disfarçar a emoção e a satisfação de apresentarem factos que sustentam a sua opinião, que seleccionam os factos e os realces que lhes interessam, que fazem entrevistas no registo: “Não concorda comigo que... .?”
Um jornalista, assim com um magistrado ou outro profissional qualquer, tem todo o direito de achar que derrubar o governo actual é um imperativo moral e de cidadania e no qual deve aplicar todas as suas forças independentemente da natureza da motivação e dos argumentos que o sustentam. Até pode achar que é um alto e nobre desígnio.
Agora, não podem é utilizar a sua actividade profissional e desfrutar do seu espaço de informação como se fosse um simples blogue pessoal, que é a versão mais moderna e menos interactiva da conversa no barbeiro. Não estudei jornalismo mas eles deverão tê-lo feito. E mesmo sem grandes bases teóricas sei, e eles também o deverão saber, que o publicar, tornar público, algo, tem um conjunto de regras e de princípios sem os quais a dignidade e a credibilidade da profissão desaparece.
Que dizer dos “jornalistas” que não conseguem sequer disfarçar a emoção e a satisfação de apresentarem factos que sustentam a sua opinião, que seleccionam os factos e os realces que lhes interessam, que fazem entrevistas no registo: “Não concorda comigo que... .?”
Quando isso acontece este deixa de ser jornalista e passa a ser apenas um personagem de tertúlia, com maior ou menor honestidade intelectual. É uma opção mas, por favor, depois não invoquem a nobreza do jornalismo nem o respeito que tal profissão merece.
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