25 janeiro 2008

Regresso às origens ?

Há locais onde o trânsito não é regido por semáforos nem por sinais de trânsito, não há passadeiras para peões nem regras de prioridade claras. Os utilizadores da via pública olham-se, interagem, vêem-se e tomam a iniciativa de entrar num cruzamento, rotunda ou atravessar uma rua.

Eu conhecia um local assim que é aqui em Argel. Um destes dias, num noticiário da France 2, fiquei a saber que existem outros locais assim e na Europa! Nem sequer era no sul do continente, mas sim, como experiência, em algumas cidades holandesas, com outros locais alemães, dinamarqueses e suecos a seguirem com muito interesse o resultado da iniciativa!

De uma forma geral, achavam que o trânsito era mais fluído e mais “convivial”, embora algumas pessoas mais receosas se sentissem um pouco perdidas antes de tomar a iniciativa sem terem a certeza se tinham sido vistas ou não. Parece que o número de acidentes baixou mas não explicaram como se definia as responsabilidades nos casos que ocorriam.

Curioso 1: Um contexto regulamentar idêntico pode significar um caos e um desrespeito completo num meio cultural e social e ser excelente noutro. Atenção, portanto, à importação de modelos e experiências;

Curioso 2 : Alguém uma vez disse que a evolução tem um carácter circular? Eu diria não necessariamente circular mas mais “espiral”... será preciso fazer um desenho?

Curioso 3: Quem já conduziu em Amsterdão durante um dia da semana, no meio daquele enxame de bicicletas, já terá notado que iniciativa no trânsito é coisa que não lhes falta.

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