13 julho 2007

Indignação

Vi na televisão uns funcionários públicos, mais especificamente professores, manifestarem-se indignados por um colega, entretanto falecido, que foi obrigado a continuar trabalhar mesmo quando não tinha condições de saúde para o fazer.

Não conheço os detalhes, mas, de acordo com o que se diz na comunicação social, têm toda a razão e todos devemos estar indignados.

Terão razão completa quando se indignarem também contra as reformas e baixas fraudulentas e injustificadas, cuja generalização leva a que, por vezes, “pague o justo pelo pecador”. Veremos?

3 comentários:

Maria Manuel disse...

Achas mesmo que é preciso somar razões parciais para ter razão completa em casos de tão clara justiça reivindicativa?
É que evitar baixas fraudulentas está na consciência de cada um e depende inteiramente de si. Já vir a padecer de uma doença grave, não ter condições de saúde para manter o trabalho e não ver esse facto reconhecido por que tem o poder de decidir é coisa que depende, primeiro, do destino e, em segunda instância, do mau funcionamento de um organismo, que urgia denunciar. Qualquer um pode/podia (?) ser apanhado numa malha dessas… Razão de sobra para um protesto geral, consensual!
Parece-me, além disso, que a correcção do sistema que vai ser introduzida, na sequência dos dois casos recentemente conhecidos e que deram origem aos protestos, vai permitir justamente diminuir as fraudes. O que se clamou foi justiça!

Maria Manuel disse...

*quem tem o poder

Carlos Sampaio disse...

MM

Ora bem... talvez a minha expressão "terão razão completa" seja demasiado forte. O que eu quero dizer é que uma coisa deveria implicar a outra: protestar contra um erro destes deveria, por coerência, estar associado à manifestação de uma estrita intolerância face aos abusos de outros "colegas!

Evitar baixas fraudulentas depende de consciência de cada um e, é claro, do sistema de controlo. Se as tentativas são em grande número, o sistema de controlo "aperta" e aumenta a probabilidade de pagar o "um justo por um pecador"...