Custou-me um pouco a digerir este livro de Santana Lopes, mas valeu a pena. É enfadonho ver desfilar a agenda de uns meses de primeiro ministro, enumerando os assuntos “abordados”, praticamente todos os do país e do planeta (?!), e a sua “opinião” célere e certeira acerca dos mesmos. Como se governar fosse ouvir uma vez e rapidamente sobre tudo opinar.
A descrição dos abraços e as fotografias com os “grandes do planeta”, como prova do “excelente relacionamento” alcançado, chega a ser confrangedora de tão provinciana. Pequeno será sempre pequeno.
Há um ditado que diz: “Os cães ladram e a caravana passa”. Para Santana Lopes cada simples latido é uma ameaça que o faz sobressaltar. Há uma atenção e uma importância dada a cada “ataque disferido”, que não é mais do que uma enorme demonstração de insegurança.
O livro é sintomático de um certo espirito do “não fui mais longe porque me cortaram as pernas”. Santana passa ao lado das trapalhadas assobiando para o lado, tentando desviar-se e sacudindo os pingos de chuva. O não assumir os erros é trocado pela conspiração e pelo “fui vítima do meu sucesso”. Típico do incompetente que se recusa a reconhecer que o problema está mesmo nele.
O mais interessante é, no entanto, a descrição das nomeações e das escolhas feitas. A par de umas breves considerações sobre as capacidades dos escolhidos, está quase sempre, e em grande relevo, a referência a “filho de..”, “casado com... “, “colega da faculdade...”, “amigo de um conhecido .... “, etc!
Meritocracia, onde andas?
A descrição dos abraços e as fotografias com os “grandes do planeta”, como prova do “excelente relacionamento” alcançado, chega a ser confrangedora de tão provinciana. Pequeno será sempre pequeno.
Há um ditado que diz: “Os cães ladram e a caravana passa”. Para Santana Lopes cada simples latido é uma ameaça que o faz sobressaltar. Há uma atenção e uma importância dada a cada “ataque disferido”, que não é mais do que uma enorme demonstração de insegurança.
O livro é sintomático de um certo espirito do “não fui mais longe porque me cortaram as pernas”. Santana passa ao lado das trapalhadas assobiando para o lado, tentando desviar-se e sacudindo os pingos de chuva. O não assumir os erros é trocado pela conspiração e pelo “fui vítima do meu sucesso”. Típico do incompetente que se recusa a reconhecer que o problema está mesmo nele.
O mais interessante é, no entanto, a descrição das nomeações e das escolhas feitas. A par de umas breves considerações sobre as capacidades dos escolhidos, está quase sempre, e em grande relevo, a referência a “filho de..”, “casado com... “, “colega da faculdade...”, “amigo de um conhecido .... “, etc!
Meritocracia, onde andas?
1 comentário:
interessante resumo e crítica, impossível não sorrir à primeira leitura: uma mistura da tua escrita com o que é aqui enfatizado...depois...dá vontade de emigrar :-)
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