Já se vinha a anunciar há uns tempos, mas este ano agudizou: a polémica sobre a descristianização do Natal.
Os guardiões da fé olham atentos para as representações do Natal que contornam a componente religiosa e não hesitam em apontar e acusar publicamente quem esquece que o Natal é, antes de mais, santo. Se quiserem ser coerentes nesse fundamentalismo também deverão atacar os mui pouco santos pinheiro de Natal, assim como o próprio Pai Natal, mas creio que isso já não arriscam.
Os guardiões da laicidade controlam as intrusões abusivas da efeméride e chegam ao ponto de proibir festas de Natal nas escolas. Uma coisa é ter um crucifixo permanente na parede à frente dos olhos de todos e que é abusivo. Outra coisa é promover uma festa de Natal que, obviamente, pode ter participação facultativa.
Mas, o que é certo, é que no nosso meio cultural o Natal tem um valor profundo, ao qual a maior parte dos agnósticos não escapa. E não estou a falar da hipocrisia de quem não crê em nada daquilo mas acha giro as festas e os presentes.
Estou a falar da fortíssima ligação do dia à família e ao lar. O Natal tem uma carga afectiva que talvez seja a mais significativa marca cristã global na sociedade civil europeia. E, os crentes pró-activos, em vez de andarem redutoramente de apito na boca a marcar falta cada vez que não vêm um presépio, deveriam talvez procurar entender a riqueza e a complexidade de uma celebração que atingiu uma dimensão que os ultrapassa. Poderiam tirar partido da mesma para passar uma mensagem de universalidade e de afirmação dos seus valores. Mas não, está mais na moda o fundamentalismo.
Nesta senda, acho que a próxima campanha poderia ser a proibição das mui pagãs fogueiras nas festas dos “santos populares” de Junho. Aqui, trata-se obviamente de uma celebração genuinamente pagã associada ao solstício do Verão e que a Igreja tentou integrar mas sem pleno sucesso. Está na hora da pureza formal!
Os guardiões da fé olham atentos para as representações do Natal que contornam a componente religiosa e não hesitam em apontar e acusar publicamente quem esquece que o Natal é, antes de mais, santo. Se quiserem ser coerentes nesse fundamentalismo também deverão atacar os mui pouco santos pinheiro de Natal, assim como o próprio Pai Natal, mas creio que isso já não arriscam.
Os guardiões da laicidade controlam as intrusões abusivas da efeméride e chegam ao ponto de proibir festas de Natal nas escolas. Uma coisa é ter um crucifixo permanente na parede à frente dos olhos de todos e que é abusivo. Outra coisa é promover uma festa de Natal que, obviamente, pode ter participação facultativa.
Mas, o que é certo, é que no nosso meio cultural o Natal tem um valor profundo, ao qual a maior parte dos agnósticos não escapa. E não estou a falar da hipocrisia de quem não crê em nada daquilo mas acha giro as festas e os presentes.
Estou a falar da fortíssima ligação do dia à família e ao lar. O Natal tem uma carga afectiva que talvez seja a mais significativa marca cristã global na sociedade civil europeia. E, os crentes pró-activos, em vez de andarem redutoramente de apito na boca a marcar falta cada vez que não vêm um presépio, deveriam talvez procurar entender a riqueza e a complexidade de uma celebração que atingiu uma dimensão que os ultrapassa. Poderiam tirar partido da mesma para passar uma mensagem de universalidade e de afirmação dos seus valores. Mas não, está mais na moda o fundamentalismo.
Nesta senda, acho que a próxima campanha poderia ser a proibição das mui pagãs fogueiras nas festas dos “santos populares” de Junho. Aqui, trata-se obviamente de uma celebração genuinamente pagã associada ao solstício do Verão e que a Igreja tentou integrar mas sem pleno sucesso. Está na hora da pureza formal!
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