Foi uma surpresa agradável ver na 2: e no Público a entrevista a Albino Aroso sobre a questão do fecho das maternidades. Agradável porque, por uma vez e sendo excepção, se abordou um tema polémico numa perspectiva técnica, objectiva e esclarecida.
O normal é ouvirmos os comentadores oficiais da praça que tanto opinam sobre as opções do seleccionador nacional, como sobre os trâmites de um processo judicial como sobre o estado da economia mundial. Se não são esses, são os políticos que se esgotam na nauseante gincana pública da oposição versus governação.
Ainda há pouco tempo, Eduardo Prado Coelho confessava no Público o seu gosto pelas polémicas. Que, no limite, o alimentar polémicas “sempre dá tema para uma crónica”. Qual o interesse público desses pingue-pongues mediáticos, tantas vezes estéreis?
Dar a palavra “a quem sabe” deveria ser norma da comunicação social, evitando que a actualidade seja tratada em câmara de ressonância dos eternos especialistas de nada.
Já agora, por dar a palavra entende-se mesmo dar e obrigar à palavra, recusando as atitudes fechadas corporativas do tipo “nós é que sabemos e quem está fora não é credor de justificações”.
E, por falar em corporações, mais uma vez a nossa justiça, que deixa prescrever processos e anular provas fundamentais mesmo nos casos de maior notoriedade como Ferreira Torres, Fátima Felgueiras e Apito Dourado, é extraordinariamente lesta a contrariar o governo e a decretar que devem continuar a serem realizados partos em locais sem condições. A título de quê ?!? Já é mau haver uma percepção de que a justiça é lenta e ineficaz. Se se acrescentar uma percepção de “contra-poder” com motivações pouco claras, será muito, muito, grave. Creio que os juízes estão a brincar com o fogo e sem medirem o impacto destrutivo sobre a sua imagem que algumas das suas recentes posturas corporativas provocam. E isso põe em causa um pilar indispensável e absolutamente fundamental de um estado de direito.
O normal é ouvirmos os comentadores oficiais da praça que tanto opinam sobre as opções do seleccionador nacional, como sobre os trâmites de um processo judicial como sobre o estado da economia mundial. Se não são esses, são os políticos que se esgotam na nauseante gincana pública da oposição versus governação.
Ainda há pouco tempo, Eduardo Prado Coelho confessava no Público o seu gosto pelas polémicas. Que, no limite, o alimentar polémicas “sempre dá tema para uma crónica”. Qual o interesse público desses pingue-pongues mediáticos, tantas vezes estéreis?
Dar a palavra “a quem sabe” deveria ser norma da comunicação social, evitando que a actualidade seja tratada em câmara de ressonância dos eternos especialistas de nada.
Já agora, por dar a palavra entende-se mesmo dar e obrigar à palavra, recusando as atitudes fechadas corporativas do tipo “nós é que sabemos e quem está fora não é credor de justificações”.
E, por falar em corporações, mais uma vez a nossa justiça, que deixa prescrever processos e anular provas fundamentais mesmo nos casos de maior notoriedade como Ferreira Torres, Fátima Felgueiras e Apito Dourado, é extraordinariamente lesta a contrariar o governo e a decretar que devem continuar a serem realizados partos em locais sem condições. A título de quê ?!? Já é mau haver uma percepção de que a justiça é lenta e ineficaz. Se se acrescentar uma percepção de “contra-poder” com motivações pouco claras, será muito, muito, grave. Creio que os juízes estão a brincar com o fogo e sem medirem o impacto destrutivo sobre a sua imagem que algumas das suas recentes posturas corporativas provocam. E isso põe em causa um pilar indispensável e absolutamente fundamental de um estado de direito.
1 comentário:
Gosto da tua pertinência opinativa. E gosto do teu poder de exposição narrativa.
Podia dizer apenas que gosto muito de te ler, sem que razões fossem precisas para as boas emoções daí surgem. Mas já que elas existem...
Ah... E também gosto da tua presença; só não sei o que é feito dela ;-)
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