O PS é um partido histórico da nossa democracia, por onde muita gente passou ao longo de todo este tempo, uns mais recomendáveis de que outros. Apesar de alguns posicionamentos recentes a alinhar com a esquerda “dura”, é um partido com largo espetro eleitoral. É de estranhar que nas últimas duas décadas nunca tenha conseguido apresentar um candidato presidencial forte e respeitável, que conseguisse agregar uma parte significativa do seu eleitorado.
Para as próximas, António José Seguro reúne todas as
condições e não é Augusto Santos Silva que nos irá convencer do contrário.
Dificilmente se encontrará no seu percurso político algo que possa ser objeto
de rejeição, pelo contrário. Apontem-lhe um defeito de caráter? Poderia ser o
tal grande candidato que tem faltado ao PS.
O problema e o pecado de Seguro foi ter associado o PS a
certos interesses e a um partido invisível existente na sociedade portuguesa. A
ser falso, hoje ninguém daria importância ao que um derrotado tinha estranhamente
argumentado uma vez. A ter um fundo de verdade é incómodo para os eleitores de
base, que certamente não apreciarão agendas escondidas. Será também desconfortável
para as elites relacionadas, que preferirão perfis mais amenos.
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