22 fevereiro 2025

Acabou o recreio


Uma certa Europa vive o fim de uma era da inocência, quando se entretia a discutir o sexo dos anjos e a procurar novos anjos para defender.

Se Trump e Cia podem ter razão nalguns aspetos, o wokismo é uma praga irracional, uma Gronelândia autónoma à mercê da Rússia é um problema, um canal do Panamá chinês é um risco enorme, tudo disso se desvanece face à arrogância e intimidação brutais do senhor e do indescritível Elon Musk, que, quando se vê em excitados pulos, parece mais um adolescente retardado do que um esboço de estadista. A grande questão é como irão as instituições dos EUA aguentar e resistir a esta “cowboiada”.

Para a Europa, é o fim do recreio. O papá rico cortou a mesada. Terá que viver, especialmente no domínio da segurança, com os seus próprios meios. Não vale a pena chorar. Provavelmente os Trumpusks irão embater no muro, as suas famosas tarifas serão um boomerang  que retornará contra a sua própria economia, mas não é por os regentes europeus irem ajoelhar a Washington, implorar qualquer coisa ou simples bom senso que os excitados execráveis se colocarão em questão.

É o momento da Europa decidir e assumir se é “uma” coisa, se tem princípios e coragem para lutar pelos mesmos. Esqueçam os EUA, pelo menos por agora. Acabou o recreio.

1 comentário:

jorge neves disse...

Subscrevo e assino por baixo