Uma certa Europa vive o fim de uma era da inocência, quando se entretia a discutir o sexo dos anjos e a procurar novos anjos para defender.
Se Trump e Cia podem ter razão nalguns aspetos, o wokismo é
uma praga irracional, uma Gronelândia autónoma à mercê da Rússia é um problema,
um canal do Panamá chinês é um risco enorme, tudo disso se desvanece face à
arrogância e intimidação brutais do senhor e do indescritível Elon Musk, que,
quando se vê em excitados pulos, parece mais um adolescente retardado do que um
esboço de estadista. A grande questão é como irão as instituições dos EUA
aguentar e resistir a esta “cowboiada”.
Para a Europa, é o fim do recreio. O papá rico cortou a
mesada. Terá que viver, especialmente no domínio da segurança, com os seus
próprios meios. Não vale a pena chorar. Provavelmente os Trumpusks irão embater
no muro, as suas famosas tarifas serão um boomerang que retornará contra a sua própria economia,
mas não é por os regentes europeus irem ajoelhar a Washington, implorar
qualquer coisa ou simples bom senso que os excitados execráveis se colocarão em
questão.
É o momento da Europa decidir e assumir se é “uma” coisa, se
tem princípios e coragem para lutar pelos mesmos. Esqueçam os EUA, pelo menos
por agora. Acabou o recreio.
1 comentário:
Subscrevo e assino por baixo
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