Era uma vez um partido socialista europeísta que para conseguir aceder ao poder se aliou a improváveis comunistas. Para se manter no poder alimentou e fomentou a ascensão de um partido populista de extrema-direita, buscando fragmentar o espaço à sua direita.
Falamos de Portugal num passado recente? Não propriamente.
Falamos da França, de Mitterrand nos anos 70 e 80, da forma como conseguiu chegar
a Presidente da República e como a Frente Nacional cresceu até em 2002 disputar
a segunda volta das Presidenciais. Hoje a FN é já cliente habitual dessas
segundas voltas, incluindo das últimas de 2022, onde o candidato da direita
clássica obteve apenas 4,78% dos votos e o do Partido Socialista 1,75%. A
extrema-esquerda radical falhou por pouco a segunda volta, com 21,95% dos
votos.
É um pouco cedo para imaginar onde vamos chegar e quando, a
história não se repete por igual, mas este nosso PS podia fazer um pouco de
esforço para não degradar e incendiar o nosso sistema partidário. A curto prazo
a subida da extrema-direita pode ser maquiavelicamente interessante para travar
a tradicional alternância, a prazo…
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