12 maio 2023

Era uma vez


Era uma vez um partido socialista europeísta que para conseguir aceder ao poder se aliou a improváveis comunistas. Para se manter no poder alimentou e fomentou a ascensão de um partido populista de extrema-direita, buscando fragmentar o espaço à sua direita.

Falamos de Portugal num passado recente? Não propriamente. Falamos da França, de Mitterrand nos anos 70 e 80, da forma como conseguiu chegar a Presidente da República e como a Frente Nacional cresceu até em 2002 disputar a segunda volta das Presidenciais. Hoje a FN é já cliente habitual dessas segundas voltas, incluindo das últimas de 2022, onde o candidato da direita clássica obteve apenas 4,78% dos votos e o do Partido Socialista 1,75%. A extrema-esquerda radical falhou por pouco a segunda volta, com 21,95% dos votos.

É um pouco cedo para imaginar onde vamos chegar e quando, a história não se repete por igual, mas este nosso PS podia fazer um pouco de esforço para não degradar e incendiar o nosso sistema partidário. A curto prazo a subida da extrema-direita pode ser maquiavelicamente interessante para travar a tradicional alternância, a prazo…

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