08 agosto 2012

Qual canal... ?!

O anúncio da decisão do governo de privatizar a RTP2 soou-me a erro de digitação. Alguém queria dizer RTP1 e trocou o número. Vejamos: a RTP1 é um canal comercial perfeitamente alinhado com os outros dois concorrentes a quem disputa audiências e contra os quais desenha grelhas em “taco-a-taco”. Se existe aí algum tipo de serviço público, não me recordo de o ver. Não encontro, por isso, nenhuma boa razão “racional” para ser um canal público. 

Situação diferente é a da RTP2 que sem a pressão imediata dos “shares” consegue apresentar uma programação com qualidade e indubitavelmente com vocação de serviço público. Para ela eu não me importo de contribuir. Agora, se a RTP2 for privatizada, e comercialmente até deve valer pouco, os seus novos donos fatalmente terão que a gerir numa perspectiva empresarial pura (a menos que seja comprada por uma fundação, das a sério…). Além da perda efectiva da programação diferente e de qualidade da RTP2, passaria a haver em Portugal 4 canais comerciais a disputarem audiências e mercado de publicidade. Há espaço para isso? Penso que não.

Então… alguém me explica esta lógica?!? Não me vão dizer que é porque o poder quer manter a “tutela” num canal de grande audiência, pois não? É que esse argumento não vale, ou, pelo menos, não devia vale
r.

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