14 setembro 2006

Meritocracia, sim, claro, mas...

Pelo menos na teoria, é praticamente consensual a importância da meritocracia. Promover quem demonstra ter mais mérito é fundamental para a evolução de uma organização ou comunidade. Por isso, é politicamente correcto apresentar longas profissões de fé neste credo.

No entanto, há um “mas”. É que sem confiança não há mérito. Realmente, eu nunca comprarei um automóvel a um fabricante em que não confie, independentemente do mérito objectivo da sua proposta. Pratica-se assim uma meritocracia dentro do universo da confiança, que pode ser mais ou menos restrito. E, aqui, há um problema potencial. É que a confiança nem sempre assenta necessariamente em critérios racionais. Pelo contrário, pode até ser bastante preconceituosa. Sexo, idade, raça, partido e nacionalidade são para muitos critérios de confiança com tanto de inquestionável, quanto de não susentando.

Em resumo, o potencial de evolução depende da aplicação da meritocracia e esta depende da capacidade de ter/ganhar confiança, preconceitos à parte. Senão, teremos somente uma espécie de nepotismo camuflado.

2 comentários:

APC disse...

E lembraste-te disso porque?...

"Bem-vindo" aí! :-)

APC disse...

Ah... E como é, escrever no teu espaço de sempre, contudo num espaço novo?