Provavelmente todos teremos bem presente que quando nos chegaram os fundos comunitários, na década de 80, se entendeu que passar a dispor de fundos “resolvia tudo”. Hoje sabemos claramente que muito desse dinheiro foi mal gasto porque não basta ter e gastar. É preciso saber gastar.
Esta imagem ocorre-me agora quando ouço anunciar o aumento de fundos para a investigação e conhecimento. Parece-me entender que, como até agora se têm dedicado poucos recursos, “basta” passar a gastar mais e como consequência óbvia, darmos um enorme passo em frente na competitividade e na criação de riqueza no país.
E eu acho que é tudo menos automático. Acho, inclusive, que temos pouquíssimos resultados para os, poucos é certo, recursos investidos hoje. Não é problema específico de Portugal mas mais ou menos generalizado na Europa. Desta forma, simplesmente “gastar mais” pode levar ao mesmo resultado verificado com a utilização dos fundos comunitários: desperdício. Gastar mais, sim, mas em quê, com que objectivo? E, de preferência, medindo resultados em riqueza criada e não em meios utilizados como o número de doutorados contratados.
E aqui entra a famosa questão do modelo. Nunca poderemos transpor mais ou menos a papel químico experiências de sucesso sem conhecer a nossa realidade, no que tem que ser mudado e no que pode ser aproveitado. Os finlandeses poderão ter sucesso no “basquetebol”, enquanto nós nos adaptamos melhor ao “hóquei em patins”. Tentarmos ser “campeões de basquetebol” porque com os finlandeses resultou bem, pode ser um desastre para nós enquanto não tivermos uma estatura média idêntica. E, se calhar, nem sequer é possível ser atingida. Qualquer modelo importado que não passe pela identificação e consideração das nossas características actuais e potencial desenvolvimento, serão cópias piores do que o original e desperdiçando as pequenas ou grandes qualidades que temos.
Esta imagem ocorre-me agora quando ouço anunciar o aumento de fundos para a investigação e conhecimento. Parece-me entender que, como até agora se têm dedicado poucos recursos, “basta” passar a gastar mais e como consequência óbvia, darmos um enorme passo em frente na competitividade e na criação de riqueza no país.
E eu acho que é tudo menos automático. Acho, inclusive, que temos pouquíssimos resultados para os, poucos é certo, recursos investidos hoje. Não é problema específico de Portugal mas mais ou menos generalizado na Europa. Desta forma, simplesmente “gastar mais” pode levar ao mesmo resultado verificado com a utilização dos fundos comunitários: desperdício. Gastar mais, sim, mas em quê, com que objectivo? E, de preferência, medindo resultados em riqueza criada e não em meios utilizados como o número de doutorados contratados.
E aqui entra a famosa questão do modelo. Nunca poderemos transpor mais ou menos a papel químico experiências de sucesso sem conhecer a nossa realidade, no que tem que ser mudado e no que pode ser aproveitado. Os finlandeses poderão ter sucesso no “basquetebol”, enquanto nós nos adaptamos melhor ao “hóquei em patins”. Tentarmos ser “campeões de basquetebol” porque com os finlandeses resultou bem, pode ser um desastre para nós enquanto não tivermos uma estatura média idêntica. E, se calhar, nem sequer é possível ser atingida. Qualquer modelo importado que não passe pela identificação e consideração das nossas características actuais e potencial desenvolvimento, serão cópias piores do que o original e desperdiçando as pequenas ou grandes qualidades que temos.
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