A OPA da Sonae sobre a PT foi e está a ser um grande acontecimento mediático. Dos tais que “obriga” toda a gente a dizer algo, mesmo que não tenha nada de novo a acrescentar.
Uma das perspectivas que eu acho ingenuamente muito interessante é o argumento da Sonae ser portuguesa e isso ser importante para o controlo de uma empresa estratégica como a PT. Alguns até valorizam o facto de ter a sede a norte do Mondego.
Esquecem-se que a Sonae, como outra empresa qualquer, se quer comprar a PT é por achar que se trata de um bom negócio. Porque espera ganhar dinheiro com a operação. E pode ganhar com os resultados da PT ao longo do tempo ou revendendo a um certo prazo, inteira ou aos pedaços. Não acredito que vá colocar o interesse da PT para a economia do país à frente do interesse da PT para a suas próprias contas.
Não acho que seja importante ter “centros de decisão nacionais” sem mais. Muito menos se isso servir para dar albergue a profissionais gestores dessa carreira. Agora, o que me parece indiscutível, é que para a criação de riqueza e governo do país, há coisas que temos que ser nós a definir e a controlar. Indo aos limites, que ajudam a entender os princípios, será que os EUA aceitariam que a Lockheed Martin, seu principal fornecedor militar, fosse comprada pela Airbus? Será que a Inglaterra aceitaria ver as suas reservas energéticas e rede de distribuição controladas pela Gazprom russa? Será que a França aceitaria ver a SNCF, os seus caminhos de ferro, nas mãos de um fundo de investimento americano?
Serão todas estas questões puramente económicas? Não! Há aspectos que são políticos. Para alguma coisa temos governo, não é? Não é só para elaborar e executar o orçamento de estado controlando o défice. Se acharmos que a infra-estrutura de comunicação do país é um assunto de interesse público, não é certamente por a Sonae, portuguesa por enquanto, a vir a comprar que podemos ficar tranquilos. E, já agora, alguém me poderá explicar como a fusão da Optimus com a TMN poderá não levantar um problema de concorrência!? Este, pelo menos, é um assunto importante para a criação de riqueza no país.
Uma das perspectivas que eu acho ingenuamente muito interessante é o argumento da Sonae ser portuguesa e isso ser importante para o controlo de uma empresa estratégica como a PT. Alguns até valorizam o facto de ter a sede a norte do Mondego.
Esquecem-se que a Sonae, como outra empresa qualquer, se quer comprar a PT é por achar que se trata de um bom negócio. Porque espera ganhar dinheiro com a operação. E pode ganhar com os resultados da PT ao longo do tempo ou revendendo a um certo prazo, inteira ou aos pedaços. Não acredito que vá colocar o interesse da PT para a economia do país à frente do interesse da PT para a suas próprias contas.
Não acho que seja importante ter “centros de decisão nacionais” sem mais. Muito menos se isso servir para dar albergue a profissionais gestores dessa carreira. Agora, o que me parece indiscutível, é que para a criação de riqueza e governo do país, há coisas que temos que ser nós a definir e a controlar. Indo aos limites, que ajudam a entender os princípios, será que os EUA aceitariam que a Lockheed Martin, seu principal fornecedor militar, fosse comprada pela Airbus? Será que a Inglaterra aceitaria ver as suas reservas energéticas e rede de distribuição controladas pela Gazprom russa? Será que a França aceitaria ver a SNCF, os seus caminhos de ferro, nas mãos de um fundo de investimento americano?
Serão todas estas questões puramente económicas? Não! Há aspectos que são políticos. Para alguma coisa temos governo, não é? Não é só para elaborar e executar o orçamento de estado controlando o défice. Se acharmos que a infra-estrutura de comunicação do país é um assunto de interesse público, não é certamente por a Sonae, portuguesa por enquanto, a vir a comprar que podemos ficar tranquilos. E, já agora, alguém me poderá explicar como a fusão da Optimus com a TMN poderá não levantar um problema de concorrência!? Este, pelo menos, é um assunto importante para a criação de riqueza no país.
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