10 fevereiro 2006

Lobby

Não gosto da palavra lobby, nem sequer da versão portuguesa. Literalmente significa vestíbulo, do inglês, e fazer “lobby” é andar por antecâmaras de parlamentos para influenciar os deputados no sentido de votarem as suas causas.

Tudo nesta vida tem um custo e, por isso, os “lobbyistas” trazem prendas nas algibeiras. Mais ou menos materiais, mais ou menos disfarçadas. O que quer dizer que quem distribui prendas nos corredores tem melhores probabilidades de ser atendido nas suas preces. Atendidos por deputados democraticamente eleitos.

No mundo que eu imagino, esta função não tem cabimento. Nesse grande país em que muita coisa se passa que são os USA, um lobbyista caiu um desgraça porque se provou que exagerou nas prendas e no sistema.

Recebia dinheiro das tribos índias que distribuía por congressistas, após retirar a sua comissãozita. Após o escândalo rebentar, os congressistas que tinham recebido o dinheiro, resolveram lavar as mãos, distribuindo-o a organizações de “bem fazer”. As viagens e os torneios de golfe já não puderam devolver. No final, os índios não gostaram e acharam injusto. Porque rejeitavam o seu dinheiro? Assim, ficavam sem quem defendesse os seus interesses. Ou seja, “no money, no rights”. E em democracia, claro.

Isto aconteceu só porque o senhor esperto exagerou mas, aparentemente, é normal, é “sistema”. Algo está podre nestes corredores…

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