Se a empresa de Montenegro vendia consultadoria e com
sucesso, estaria suportada por um especialista que só podia ser ele. Quando ele
assume responsabilidades políticas esse conhecimento não se passa, como num
restaurante se pode passar a terceiros o avental de quem está a lavar pratos.
Seria previsível que os serviços deixassem de ser prestados pela
indisponibilidade do prestador. Se a empresa continua a faturar e fortemente,
das duas uma: ou Montenegro continua a intervir direta ou indiretamente e está
mal; ou não há propriamente prestação e a natureza da faturação é… nublosa.
Duma forma ou de outra, não estou a ver uma saída limpa para
o caminho feito por estes euros e a questão está toda aqui.
Os nossos brilhantes líderes políticos? Empenham-se na gritaria e em maximizar o retorno do caso. A minha moção de censura é maior do que a tua; a minha comissão de inquérito durará mais tempo do que a tua moção; ameaças censura, mostra (des)confiança… Um espetáculo triste de tacticismo e palpita-me que não vai encerrar tão cedo. Depois, queixem-se …
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