19 maio 2022

Quem não vai à guerra

Parece ser uma especialidade deste jardim à beira-mar plantado. Não ir à guerra, não dar nem levar, ou antes não perder, mas ganhar. Já na II Grande Guerra muito ganhamos, até mesmo a transacionar com os dois lados.

As guerras e demais disrupções trazem muita desgraça e também muitas oportunidades, sobretudo para quem tiver um sentido apurado e ético q.b. da oportunidade.

Agora, regozijarmo-nos com vantagens obtidas a partir dessas oportunidades é imoral. Certamente que o mundo não para e nas reviravoltas onde tanto que se perde, algo algures se pode ganhar, mas deveria ser um ganho envergonhado e, dentro do possível, partilhado com os que tanto perderam.

Não é líquido o que podemos efetivamente ganhar com a guerra na Ucrânia. No mínimo, convinha não perder a oportunidade de ficar calado e procurar outros motivos de regozijo, fruto do nosso mérito e iniciativa, não de os misseis caírem bem longe do nosso jardim. 

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