27 janeiro 2022

O terror dos ditadores


Por estes dias, Alexei Navalny, um político crítico e opositor a Vladmir Putin foi classificado terrorista, como se dirigisse uma organização daquelas que colocam bombas nos caixotes do lixo das estações de caminho de ferro.

Por estes dias, a Rússia monta um teatro onde ameaça invadir a Ucrânia, ao que parece para inviabilizar a entrada desta na Nato. Provavelmente terá sucesso. A Europa da Nato defende a liberdade e a autodeterminação dos povos, mas será muito impopular assumir a obrigação de enviar os seus cidadãos combater numa guerra por lá, quando os confinamentos da pandemia já são considerados pelas suas juventudes como um dramático e traumatizante enorme problema.

É legitimo esperar que neste mundo onde vivemos e queremos viver, as ambições e as tensões se resolvam por outras formas que não com balas nas carnes. E é também obrigatório chamar os bois pelos nomes. Ditador quando é ditador, terrorista quando é terrorista. Gostava que todos os partidos em campanha fossem claros quanto a estes nomes e estes bois. É o modelo de sociedade que está em causa.

Sem comentários: