07 fevereiro 2019

Modelo para o SNS


É evidente que existem problemas importantes no SNS. É claro que uma boa parte tem origem na falta de verbas disponibilizadas e a triste reversão das 35 horas, vendida na altura como uma coisa pacífica e sem consequências negativas, tem aí um peso significativo.

Parece-me claro que os problemas prioritários do SNS não se resolvem mudando a legislação. Poder-se-ia experimentar tentar fazer funcionar a existente, mas … a discussão teórica também serve para evitar encarar a realidade prática.

Para o utente é relativamente indiferente se o médico que o trata e os equipamentos hospitalares são pagos diretamente pelo Estado, ou se este paga a uma entidade privada que gere a atividade globalmente. O que lhe importa é ser bem tratado. Para o contribuinte também não é muito importante o modelo. O fundamental é quanto lhe custa.

Se para o utente o que conta é a qualidade do serviço e para o contribuinte o custo, a quem é que interessa então esta discussão doutrinária se o Estado paga o sistema em grandes pacotes ou em pequenas fatias…? Atendendo ao histórico da prática da gestão pública, tenho muita dificuldade em comprar a bondade dessa opção política de ter o Estado a controlar diretamente o máximo possível.

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