Continuam a surpreender-me a amplitude de alguns comentários sobre a legitimidade democrática das reivindicações gregas. Se um partido em Portugal propuser 2000 Euros de salário mínimo e reforma aos 55 anos, ganha as eleições. A seguir, podemos ir legitimamente pedir aos alemães que nos paguem?
Se a Alemanha convocar um referendo para saber se os seus contribuintes aceitam contribuir para um novo resgate à Grécia, que dirão os que estão hoje entusiasmados com a coragem de se convocar um referendo na Grécia? Já agora, convém recordar que segundo relatórios oficiais recentes, haverá cerca de 12.5 milhões de alemães a viver abaixo do limiar da pobreza, o número mais elevado após a reunificação.
A vida não é fácil e não se resolve berrando pelo dinheiro dos outros.
Se a Alemanha convocar um referendo para saber se os seus contribuintes aceitam contribuir para um novo resgate à Grécia, que dirão os que estão hoje entusiasmados com a coragem de se convocar um referendo na Grécia? Já agora, convém recordar que segundo relatórios oficiais recentes, haverá cerca de 12.5 milhões de alemães a viver abaixo do limiar da pobreza, o número mais elevado após a reunificação.
A vida não é fácil e não se resolve berrando pelo dinheiro dos outros.
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