Com a solução final para o “Chipre” algo de fundamental mudou na visão do que é um banco. Não devem ser os contribuintes a pagarem sempre os buracos e muito concretamente não devem suportar o mau resultado de operações financeiras obscuras e mal sustentadas. Eu até estou de acordo. Quando um processo “tipo Dª Branca” (ou BPN) estoura, não deveria passar pela cabeça de ninguém pedir ao erário público para compensar os “investidores”.
O princípio de expor os investidores ao risco estará muito certo, mas apenas e quando estes possam distinguir claramente à partida se estão a colocar o dinheiro num banco a sério, regulado e tutelado, ou num esquema esquisito. E convém não esquecer que vivemos num mundo de esquemas mirabolantes em que se “cria valor” comprando e vendendo promessas, apostas e previsões, sendo muito fácil chegar a um ponto sem sustentação económica e que facilmente estoura!
Para o mesmo mal bancário, o remedido foi sendo diferente. Quando estourou na Irlanda, o refinanciamento passou pelo Estado que ficou tutelado; quando foi em Espanha os fundos entraram directamente na banca, agora no Chipre parte vem dos próprios depositantes, aparentemente porque há muitos deles pouco recomendáveis. Mas este remedido só é justo se aplicado unicamente aos maus da fita e o critério dos 100 K Eur será muito longe do perfeito.
Para o futuro, o relevante é permitir que os depositantes estejam bem informados de onde estão a investir/colocar as suas poupanças. Aquela “boca” de insinuar que os bancos dos países tutelados podem sofrer ao mesmo tratamento, associando o risco da dívida soberana ao risco do sistema financeiro, é, no mínimo, precipitada. No limite é desonesta e interesseira: “Coloquem as vossas poupanças apenas nos nossos bancos fortes dos nossos países fortes!”. Pensarão estes arrogantes iluminados que a Europa, incluindo a “Europa deles”, sobrevive incólume a tamanhas barbaridades?
E cá fico cheio de curiosidade, tentando imaginar qual será a solução improvisada para quando um dia acontecer um problema análogo no Luxemburgo ou no Liechtenstein!
O princípio de expor os investidores ao risco estará muito certo, mas apenas e quando estes possam distinguir claramente à partida se estão a colocar o dinheiro num banco a sério, regulado e tutelado, ou num esquema esquisito. E convém não esquecer que vivemos num mundo de esquemas mirabolantes em que se “cria valor” comprando e vendendo promessas, apostas e previsões, sendo muito fácil chegar a um ponto sem sustentação económica e que facilmente estoura!
Para o mesmo mal bancário, o remedido foi sendo diferente. Quando estourou na Irlanda, o refinanciamento passou pelo Estado que ficou tutelado; quando foi em Espanha os fundos entraram directamente na banca, agora no Chipre parte vem dos próprios depositantes, aparentemente porque há muitos deles pouco recomendáveis. Mas este remedido só é justo se aplicado unicamente aos maus da fita e o critério dos 100 K Eur será muito longe do perfeito.
Para o futuro, o relevante é permitir que os depositantes estejam bem informados de onde estão a investir/colocar as suas poupanças. Aquela “boca” de insinuar que os bancos dos países tutelados podem sofrer ao mesmo tratamento, associando o risco da dívida soberana ao risco do sistema financeiro, é, no mínimo, precipitada. No limite é desonesta e interesseira: “Coloquem as vossas poupanças apenas nos nossos bancos fortes dos nossos países fortes!”. Pensarão estes arrogantes iluminados que a Europa, incluindo a “Europa deles”, sobrevive incólume a tamanhas barbaridades?
E cá fico cheio de curiosidade, tentando imaginar qual será a solução improvisada para quando um dia acontecer um problema análogo no Luxemburgo ou no Liechtenstein!
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