Uma das coisas que mais choca, como atentado à dignidade humana, é o internamento compulsivo num hospital psiquiátrico. Declarar que o indivíduo não tem direito a ter uma vontade respeitada e, pela força imobilizá-lo, ou pela droga silenciá-lo, é de uma violência inaudita. O “Voando sobre um ninho de cucos”, em que se juntam os geniais S. Kubrick e J. Nicholson, mostra isso de forma magistral que não se apaga da memória.
Tremi, portanto, ao ver uma notícia hoje no Le Monde.
Larissa Arap uma militante russa pelos direitos do homem tinha sido internada uma vez em 2004 numa clínica psiquiátrica, fragilizada por agressões físicas e diversas ameaças. Foi libertada pela intervenção de um juiz. Escreveu em seguida um artigo muito crítico sobre os tratamentos psiquiátricos, questionando nomeadamente os electro-choques.
Quando em 6 de Julho passado visitou um médico para obter um certificado com vista à renovação da sua carta de condução, este, após identificá-la como a autora do artigo maldito, chamou a polícia e ela foi internada compulsivamente num hospital psiquiátrico. Desta vez, um juiz afirmou que ela “constituía um perigo para ela própria e para os outros”.
À filha, que a visitou no hospital, anunciaram que a sua mãe iria ser tratada durante um tempo muito longo e que, provavelmente, não sairia mesmo nunca mais dali!
De arrepiar...
Tremi, portanto, ao ver uma notícia hoje no Le Monde.
Larissa Arap uma militante russa pelos direitos do homem tinha sido internada uma vez em 2004 numa clínica psiquiátrica, fragilizada por agressões físicas e diversas ameaças. Foi libertada pela intervenção de um juiz. Escreveu em seguida um artigo muito crítico sobre os tratamentos psiquiátricos, questionando nomeadamente os electro-choques.
Quando em 6 de Julho passado visitou um médico para obter um certificado com vista à renovação da sua carta de condução, este, após identificá-la como a autora do artigo maldito, chamou a polícia e ela foi internada compulsivamente num hospital psiquiátrico. Desta vez, um juiz afirmou que ela “constituía um perigo para ela própria e para os outros”.
À filha, que a visitou no hospital, anunciaram que a sua mãe iria ser tratada durante um tempo muito longo e que, provavelmente, não sairia mesmo nunca mais dali!
De arrepiar...
PS: Perdão, perdão, perdão!!! O "Voando sobre um ninho de cucos" é do Milos Forman e não de Kubrick!
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