Saíram os resultados dos concurso dos professores titulares e, logo a seguir, é a tradicional enxurrada de críticas e de “bota-abaixo”, em tons mais ou menos oficiais, mais ou menos objectivos. Sem conhecer o detalhe do caso concreto, este processo parece-me representativo de uma forma irresponsável de estar em sociedade.
Em primeiro lugar, os critérios para uma selecção desta natureza, num universo desta dimensão, têm que ser rigorosamente objectivos. E, quando se trata de pessoas, a objectividade exclusiva conduz sempre, sempre, a alguma injustiça. É inevitável. Falando, a título de exemplo e para ser simples, do intervalo temporal de avaliação: se for curto prejudicará aqueles que tiveram um desempenho regular a médio prazo, ultrapassados pelos que se aplicaram mais na ponta final. Se for longo, beneficiará aqueles que investiram no início da carreira e que depois pouco mais fizeram, contra os mais jovens que terão uma boa meia dúzia de anos de um enorme trabalho, mas sem história anterior.
O trabalho preparatório num assunto destes inclui discutir os vários cenários e avaliar as respectivas consequências, na busca do compromisso mais equilibrado possível, nunca perdendo de vista que o resultado jamais será perfeito e isento de “crítica”. Obviamente que isto só é possível com abertura, diálogo e espírito construtivo, o que não é tradição nas relações entre governo e sindicatos da função pública. Aliás, também não ajuda nada que os jurássicos sindicatos actuais apresentem um preocupante défice de representatividade.
A irresponsabilidade social que referi acima, manifesta-se em dois aspectos. O primeiro é presumir que não pode haver injustiças. E isso é impossível. O segundo é, em vez de investir na discussão prévia que possa contribuir para optimizar a configuração retida, é esperar pelos resultados e depois gritar “Aqui d’El Rei, que há situações injustas”.. É sempre mais seguro dizer de sua justiça no final do jogo.
Em primeiro lugar, os critérios para uma selecção desta natureza, num universo desta dimensão, têm que ser rigorosamente objectivos. E, quando se trata de pessoas, a objectividade exclusiva conduz sempre, sempre, a alguma injustiça. É inevitável. Falando, a título de exemplo e para ser simples, do intervalo temporal de avaliação: se for curto prejudicará aqueles que tiveram um desempenho regular a médio prazo, ultrapassados pelos que se aplicaram mais na ponta final. Se for longo, beneficiará aqueles que investiram no início da carreira e que depois pouco mais fizeram, contra os mais jovens que terão uma boa meia dúzia de anos de um enorme trabalho, mas sem história anterior.
O trabalho preparatório num assunto destes inclui discutir os vários cenários e avaliar as respectivas consequências, na busca do compromisso mais equilibrado possível, nunca perdendo de vista que o resultado jamais será perfeito e isento de “crítica”. Obviamente que isto só é possível com abertura, diálogo e espírito construtivo, o que não é tradição nas relações entre governo e sindicatos da função pública. Aliás, também não ajuda nada que os jurássicos sindicatos actuais apresentem um preocupante défice de representatividade.
A irresponsabilidade social que referi acima, manifesta-se em dois aspectos. O primeiro é presumir que não pode haver injustiças. E isso é impossível. O segundo é, em vez de investir na discussão prévia que possa contribuir para optimizar a configuração retida, é esperar pelos resultados e depois gritar “Aqui d’El Rei, que há situações injustas”.. É sempre mais seguro dizer de sua justiça no final do jogo.
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