31 agosto 2010

Notícias da estação tonta






Chamam-lhe tonta, não sei porquê. Poderia ser apenas diferente como “diferente” foi o facto de o Glosa Crua ter ido de férias sem avisar. Não se faz!

Mas, que temos a realçar nestes tempos?


1. Os incêndios
De que se fala quando ardem, em nauseantes excesso de “informação”, forçosamente angustiantes e ainda mais quando se conhecem os locais. Nesta altura todos têm ideias e propostas. Uma sugestão: guardem-nas para as apresentarem e serem discutidas no Inverno. É mais útil.

2. Os apoios psicológicos
Cada vez mais parece que esta nossa espécie é incapaz de enfrentar a menor contrariedade sem “apoio especializado”. Qualquer contratempo gera stress a pedir “tratamento”. Até para o fim das férias. Se não são capazes de encerrarem as férias dignamente, então não deveriam sequer começar. De qualquer forma não gostaria que os meus impostos servissem para pagar as eventuais baixas de quem tem dificuldade em deixar a boa vida.

3. A falta de férias
Houve cá a Marsans e, que me recorde, mais uma em Inglaterra. Encerramento de agências de viagens/operadores turísticos. É mau pagar e no final não gozar as férias, mas o “drama” não pode ser assim tão grande que justifique até a intervenção diligente de ministro. Face a todas as desgraças reais e potenciais, ficar um ano sem férias não deveria ter esse importância.

4. E a selecção ?
É habitual em regimes “especiais” não publicitarem nem julgar de imediato os culpados no momento dos factos. Estes são guardados discretamente e mais tarde em caso de necessidade são usados para fazer uma outra “justiça” qualquer. É o caso da nossa selecção. Se tivéssemos saído da África do Sul com uma classificação mais conforme com o potencial e a expectativa, alguém se lembraria do episódio da Covilhã? Parece-me que não. A Federação quer despedir o homem, sem ter que cumprir o contrato que assinou. Para isso vasculha nas gavetas. Talvez achem que estão a ser muito “espertos”, mas eu acho que estão a fazer uma triste figura.

5. A Casa Pia
Dizem que está a chegar ao fim. Ouço estupefacto que a gravidez de uma juíza provocou que durante meses se realizasse apenas uma sessão pró-forma por mês, para cumprir os mínimos. Tinha que ser assim? Já sabemos que a Justiça tem sempre todas as razões e justificações para poder desfrutar de “todo o tempo do mundo”

6. A Praia vazia é crime
A promoção de Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura apresentou um cartaz mostrando uma praia deserta em Agosto de 2012, sugerindo que nessa altura “tudo acontece” em Guimarães. Os inefáveis corporativos defensores dessa região turística sentiram-se ofendidos e insultados, exigem desculpas e até ameaçam com processo judicial de pedido de indemnizações. Não têm mais com que se preocupar? Um cartaz assim assusta tanto? Não poderiam responder pela promoção positiva, em vez deste ataque de impotência negativa? E aqui está o objecto do crime retirado do sitio do Público:



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