24 fevereiro 2009

D. Nuno e D. Guilhermina

Quem diria que no dobrar do século XX para o XXI D. Guilhermina viria a ter assim tamanha influência para o registo histórico de D. Nuno, tendo este vivido entre os séculos XIV e XV? É que D. Guilhermina vai ser determinante para a canonização de D. Nuno Álvares Pereira. Uma reza intensa e um beijo na imagem do beato fê-la recuperar de uma lesão no olho esquerdo, atingido por óleo de cozinha a ferver, e permitiu-lhe voltar a ver televisão tranquilamente. E assim tivemos o milagre que faltava.

Sei pouco sobre o Condestável para lá de ter sido uma das grandes figuras da História de Portugal e ter dado uma grande coça aos castelhanos na batalha de Aljubarrota. Se o facto de se ter tornado monge no final da sua vida, o torna merecedor do destaque de ser santo, não consigo avaliar.

O que é seguramente ridículo é que esse mérito não seja avaliado com base nos seus actos e princípios evidenciados em vida, mas sim pela sugestão que exerceu numa Guilhermina, 500 anos depois.

Enfim, não dignifica a igreja e de repente lembro-me de quão certa estava a minha ironia atrás, a propósito dos outros três de Fátima.

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