23 agosto 2022

Inês é morta


 A comunicação emitida pelo Governo, não deve ficar apenas de boas novas. Se há algo que está a correr mal, é um dever divulgar essa informação, explicar as causas e apresentar as ações corretivas em curso ou planeadas.

Um dos temas onde existe uma forte carência nesse campo é o excesso de mortalidade. As informações são extraídas a “saca-rolhas” e o Governo anuncia um “estudo aprofundado” (!), com resultados a serem conhecidos em 2024!?

Vamos ser sérios. É óbvio que a prioridade Covid no SNS terá tido algum impacto nas restantes doenças. Até que ponto teve, é uma questão fundamental. Parece óbvio que quem governa pensando e antecipando deveria ter montado um sistema de acompanhamento que permitisse termos hoje dados concretos sobre o impacto dessas carências no tratamento e acompanhamento dos doentes não Covid.

Mesmo que nada tivesse sido feito e alguém tivesse acordado agora, com Inês já morta, esperar por 2024 é surrealista. Vamos continuar assim, que não estamos bem, e esperar por 2024 para termos informação que permita entender e atuar? Brincamos com coisas muito sérias, não?

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