20 dezembro 2018

E porque não se calam?


Já referi aqui atrás a bacoca autossatisfação do Secretário de Estado sobre a conformidade legal da ação da proteção civil, na operação de socorro ao helicóptero do Inem acidentado, cujos destroços e vítimas esperaram 6 horas para serem encontrados. Para não ficar atrás, o Ministro da Defesa aproveitou e veio dizer que a intervenção da sua Força Aérea tinha sido impecável. Depois soubemos que a prontidão de 15 minutos do seu helicóptero afinal passou para uma hora, porque o mesmo estava avariado e foi preciso ir buscar o de reserva. Não teve consequências porque o acidente tinha já feito todos os estragos possíveis e a meteorologia nem sequer permitiu a intervenção da Força Aérea. No entanto, chamar a isto “impecável” …

Quem já deve ter aprendido a não fazer declarações simpáticas a quente é o Presidente da República, depois de em Pedrogão ter afirmado num primeiro tempo que tinha sido feito todo o possível. A propósito, o senhor de Tondela, o da fotografia simbólica com o PR, morreu sem recuperar o perdido, eventualmente prometido na altura. Falta de amigos na autarquia, eventualmente.

Entretanto, no Parlamento fala-se de proibir provérbios com animais, coisa importante e de uma nova lei de base para a saúde. E porque não se, em vez de pensarem em novas leis, tentassem fazer funcionar as que existem e se em vez de inventarem novas necessidades, assegurassem a disponibilidade das básicas?

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