18 dezembro 2018

Onde vivemos?


O local onde o helicóptero do INEM se despenhou no passado sábado fica a cerca de 20 km do centro da cidade do Porto, em linha reta. Foram necessárias mais de 6 horas após a sua queda até serem encontrados os destroços. Isto numa altura em que estamos cercados por GPS, smartphones, redes tantos G e, atendendo à importância de um meio de socorro daquela natureza, mesmo o famoso Siresp.

O que já se conhece evidencia que durante muito tempo, ninguém soube bem o que aconteceu/acontecia e como reagir. Parece óbvio ao comum dos mortais, mesmo não especialista nestes temas, que estas situações têm que ser objeto de procedimentos previamente definidos e com intervenientes cabalmente informados. Não é no momento que alguém vai refletir e pensar: o que é que eu faço agora? No sábado passado, entre montes de siglas e acrónimos, houve uma sequência de comunicações e de faltas das mesmas que, se não foram algo erráticas, parecem.

Ah… está tudo bem. O Secretário de Estado veio logo a seguir afirmar que a operação de socorro tinha decorrido de acordo com todos os normativos legais. Se assim foi e essa lei permite deixar, nos dias de hoje, quatro vítimas abandonadas durante 6 horas a 20 km da segunda cidade do país… É certo que neste caso particular a sorte deles não foi influenciada por essa demora, mas… onde vivemos?


Foto Lusa/Octávio Passos

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