Um assunto bélico de grande actualidade é a utilização dos zângãos ,“drones”, os aviões telecomandados e com a polémica dividida em dois eixos. Por um lado, os seus tripulantes não estão presencialmente em cenário de guerra, mas sim em segurança e à distância, voltando ao lar, doce lar, no final do turno, depois de terem disparado e morto gente; por outro lado, qual a legitimidade de se poder matar assim de forma tão selectiva.
Quanto à selectividade e ao carácter assassino, na guerra matam-se inimigos e com meios mais convencionais aumentam os chamados danos colaterais. Achar a selectividade negativa é estranho. A haver guerra certamente que quanto mais cirúrgica melhor. Na campanha em curso até se usa o adjectivo “robot”, invocando uma certa desumanização. Ora bem o “drone” típico é apenas telecomandado, não é automático. Um míssil convencional é mais “cego” e ainda muito mais será o velhinho canhão! Não vou acreditar que a origem da campanha seja uma reacção à liderança que os Estados Unidos têm da tecnologia, mas parece. Apenas concluo que falar no problema zangão é estar ao lado do problema, o verdadeiro e estúpido problema é mesmo a guerra. É a guerra, estúpido!
Foto googleada
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