Comemora-se por cá o 25 de Abril, já a chegar ao entediante, não fosse uma vez mais Cavaco Silva a mostrar a sua debilidade institucional dizendo não estar surpreendido que “sejam muitos os que se mostram indignados com os prémios, salários e compensações que, segundo a comunicação social, são concedidos a gestores de empresas que beneficiam de situações vantajosas no mercado interno”.
Ora bem, o presidente da República não tem meios para esclarecer e clarificar quais são os bónus desses gestores? Deixa o ónus da afirmação na comunicação social ? Na posição dele, naquele momento, não pode citar uma afirmação da comunicação social desta natureza, sem se envolver no seu fundo: sem a caucionar nem a refutar.
E a propósito de posturas e mensagens, Aguiar Branco, confirmou que seria seguramente melhor líder do PSD do que Passos Coelho, mas isso é outra história.
No momento em que comemoramos tranquilamente o 25 de Abril e a transição para a democracia, consolidada e pacificada, a Espanha está de novo a ferro e fogo com a herança do franquismo. Em breves palavras, durante a transição democrática a Espanha decretou uma amnistia para os crimes do período quente e negro. Recentemente Baltazar Garzón entendeu que, à luz do direito internacional, esses crimes não prescrevem nem podem ser amnistiados e abriu processos. A direita espanhola que o odeia pelo caso Gurtell, que ainda não parou de causar cacos em altos círculos do PP, entende que ele está errado e à luz do direito espanhol abre-lhe um processo que o poderá suspender até à reforma...
Que se passa nesse país que não consegue olhar fria e racionalmente para um passado duas gerações atrás, sem desatar aos berros? Há mesmo duas Espanhas irreconciliáveis?
Se o direito espanhol se sobrepõe ao internacional, porquê apenas em Espanha? Para que serve então o Tribunal Penal Internacional de Haia? Que pensará, por exemplo, o presidente do Sudão, Omar Al-Bashir que recebeu, justamente é certo, um mandato de captura desse tribunal pelos crimes que cometeu no seu país? Só para o terceiro mundo é que existe aplicação da "justiça internacional" ?
Seria engraçado se Baltazar Garzón fosse interditado em Espanha e reabrisse os processos em Haia...
Ora bem, o presidente da República não tem meios para esclarecer e clarificar quais são os bónus desses gestores? Deixa o ónus da afirmação na comunicação social ? Na posição dele, naquele momento, não pode citar uma afirmação da comunicação social desta natureza, sem se envolver no seu fundo: sem a caucionar nem a refutar.
E a propósito de posturas e mensagens, Aguiar Branco, confirmou que seria seguramente melhor líder do PSD do que Passos Coelho, mas isso é outra história.
No momento em que comemoramos tranquilamente o 25 de Abril e a transição para a democracia, consolidada e pacificada, a Espanha está de novo a ferro e fogo com a herança do franquismo. Em breves palavras, durante a transição democrática a Espanha decretou uma amnistia para os crimes do período quente e negro. Recentemente Baltazar Garzón entendeu que, à luz do direito internacional, esses crimes não prescrevem nem podem ser amnistiados e abriu processos. A direita espanhola que o odeia pelo caso Gurtell, que ainda não parou de causar cacos em altos círculos do PP, entende que ele está errado e à luz do direito espanhol abre-lhe um processo que o poderá suspender até à reforma...
Que se passa nesse país que não consegue olhar fria e racionalmente para um passado duas gerações atrás, sem desatar aos berros? Há mesmo duas Espanhas irreconciliáveis?
Se o direito espanhol se sobrepõe ao internacional, porquê apenas em Espanha? Para que serve então o Tribunal Penal Internacional de Haia? Que pensará, por exemplo, o presidente do Sudão, Omar Al-Bashir que recebeu, justamente é certo, um mandato de captura desse tribunal pelos crimes que cometeu no seu país? Só para o terceiro mundo é que existe aplicação da "justiça internacional" ?
Seria engraçado se Baltazar Garzón fosse interditado em Espanha e reabrisse os processos em Haia...
Sem comentários:
Enviar um comentário