27 outubro 2024

Quando o rei vai nu


O espetáculo que estamos a assistir nos EUA com uma figura chamada Donald Trump, parece saído de um filme de ficção e dos pouco verosímeis. Leio que os Republicanos até já estão a entrar com ações em tribunal para preparar a contestação a uma eventual derrota. Esperemos que as instituições americanas sejam suficientemente robustas para aguentar estas e outras investidas. Uma coisa é ter esse senhor como Presidente, outra coisa é a democracia e o Estado de Direito se degradarem num país com a importância deste…

É chocante como esta figura pode um dia figurar numa galeria ao lado de gente como, por exemplo, Abraham Lincoln ou Franklin Roosevelt. A questão é que não se assiste a uma transição direta de líderes cultos, esclarecidos e verdadeiramente mandatados pelo povo para o interesse do povo, para estes tristes populistas fanfarrões e desrespeitadores das instituições. E também o problema não é específico e isolado dos EUA. Em maior ou menor escala, atacas várias democracias, já que quanto a isso as ditaduras têm problemas de outra natureza.

Se olharmos para as realidades mais próximas, que melhor conhecemos, é forçoso reconhecer a diminuição das qualidades e da seriedade dos líderes democráticos, cada vez mais preocupados com o poder pelo poder e só aparentemente comprometidos com o bem-estar e o desenvolvimento dos seus cidadãos. Digamos que estes “reis” andam a perder peças de credibilidade de forma contínua e irreversível…

E quando se descobre que o rei vai nu… entra o bobo!

Não é questão de ideologia, embora ela possa vir atrás, é questão de dinastia. É apenas descrédito das “famílias reais”…

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