Este texto é bastante especulativo, mas como se trata do Vaticano, que não prima pela transparência, acho que tenho desculpa. Quando o Cardeal Ratzinger foi nomeado Papa, para mim, e para muitos, o sentimento foi de desilusão. Representava uma continuidade da linha de João Paulo II que, arreigado a fundamentos formais, não deixava a instituição Igreja Católica alcançar o lugar que podia e devia ter na sociedade. Escrevi na altura:
Dentro dos nomes potenciais para o novo papa, havia um, para mim, que se destacava claramente pela negativa. Joseph Ratzinger. A sua acção recente tinha sido redutora e autoritária. Mais “correctora” do que “inspiradora”; mais defensora da cidadela ameaçada do que impulsionadora do seu desenvolvimento. Mais preocupada com o impor a toda a sociedade os seus princípios, do que com a promoção e adopção natural dos mesmos; mais centrada na disciplina do rebanho do que no desenvolvimento espiritual do homem.
Agora leio a corajosa resignação de um homem de princípios e nos comentários da imprensa, não aquela paroquiana que comenta os tugas que viram e conviveram com o Papa e outros seus potenciais sucessores, leio que a sua resignação é uma vitória dos conservadores. Espera aí, mas este Papa não era conservador? Sim, mas será conservador mesmo pelo princípio, tendo existido alguma incompatibilidade entre o princípio e o sistema? E, aumentando o grau de especulação, será este um sistema em que os princípios interessam apenas enquanto meios… de poder? Quando vejo a referência a uma organização poderosa chamada “Legionários de Cristo” e mesmo esquecendo a vergonhosa história de vida do seu fundador, Marcial Maciel, claramente assumida e até condenada, fico a tentar imaginar o que diria Cristo sobre esta coisa de no (seu) Vaticano existir uma coisa chamada “Legionário de qualquer coisa”!
Em resumo, e se é para termos esperança, esperemos então que possa aparecer um homem que sorri como este descrito aqui e reproduzido na imagem acima, e que sobreviva ao sorriso. Mas creio que não, não deverá ser de sorriso e nem sequer de princípios. O sistema está bem protegido pelos seus legionários nominais e/ou funcionais contra os princípios, e, por maioria de razão, contra os sorrisos!
Dentro dos nomes potenciais para o novo papa, havia um, para mim, que se destacava claramente pela negativa. Joseph Ratzinger. A sua acção recente tinha sido redutora e autoritária. Mais “correctora” do que “inspiradora”; mais defensora da cidadela ameaçada do que impulsionadora do seu desenvolvimento. Mais preocupada com o impor a toda a sociedade os seus princípios, do que com a promoção e adopção natural dos mesmos; mais centrada na disciplina do rebanho do que no desenvolvimento espiritual do homem.
Agora leio a corajosa resignação de um homem de princípios e nos comentários da imprensa, não aquela paroquiana que comenta os tugas que viram e conviveram com o Papa e outros seus potenciais sucessores, leio que a sua resignação é uma vitória dos conservadores. Espera aí, mas este Papa não era conservador? Sim, mas será conservador mesmo pelo princípio, tendo existido alguma incompatibilidade entre o princípio e o sistema? E, aumentando o grau de especulação, será este um sistema em que os princípios interessam apenas enquanto meios… de poder? Quando vejo a referência a uma organização poderosa chamada “Legionários de Cristo” e mesmo esquecendo a vergonhosa história de vida do seu fundador, Marcial Maciel, claramente assumida e até condenada, fico a tentar imaginar o que diria Cristo sobre esta coisa de no (seu) Vaticano existir uma coisa chamada “Legionário de qualquer coisa”!
Em resumo, e se é para termos esperança, esperemos então que possa aparecer um homem que sorri como este descrito aqui e reproduzido na imagem acima, e que sobreviva ao sorriso. Mas creio que não, não deverá ser de sorriso e nem sequer de princípios. O sistema está bem protegido pelos seus legionários nominais e/ou funcionais contra os princípios, e, por maioria de razão, contra os sorrisos!
Sem comentários:
Enviar um comentário