06 outubro 2011

Ainda bem


Em plena overdose de notícias e comentários sobre a vida de Steve Jobs, não me apetece realçar o seu contributo para o quotidiano de tantos, nem entrar naquelas comparações pueris com outras figuras relevantes passadas.

Apetece-me dizer apenas “ainda bem” que é evocado com tanto destaque alguém terrível e de mau feitio, mas, mais do que tudo isso, alguém que acreditava mesmo naquilo em que acreditava e que após cada queda se levantava e recomeçava. Para todos os que entram em depressão com a mais pequena adversidade, o exemplo e tenacidade de Steve Jobs poderão ser uma boa fonte de inspiração. Para mim esse é o maior contributo que ele deixa, mais importante do que os seus “produtos”. Se tivesse desaparecido no final dos anos 80 quanto ele e a Apple atravessavam um deserto árido, apesar de ser a mesma pessoa, seria referido como alguém que fez algo de “engraçado”, o Macintosh, mas que não teve capacidade de o fazer sobreviver, seria recordado como alguém com boas ideias mas que no fundo falhou.

Por sorte ou azar morreu depois de ter acertado em cheio uma série de vezes e, de certa forma, ainda bem assim…

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