Parece ser uma especialidade deste jardim à beira-mar
plantado. Não ir à guerra, não dar nem levar, ou antes não perder, mas ganhar.
Já na II Grande Guerra muito ganhamos, até mesmo a transacionar com os dois
lados.
As guerras e demais disrupções trazem muita desgraça e
também muitas oportunidades, sobretudo para quem tiver um sentido apurado e ético
q.b. da oportunidade.
Agora, regozijarmo-nos com vantagens obtidas a partir dessas
oportunidades é imoral. Certamente que o mundo não para e nas reviravoltas onde
tanto que se perde, algo algures se pode ganhar, mas deveria ser um ganho
envergonhado e, dentro do possível, partilhado com os que tanto perderam.
Não é líquido o que podemos efetivamente ganhar com a guerra na Ucrânia. No mínimo, convinha não perder a oportunidade de ficar calado e procurar outros motivos de regozijo, fruto do nosso mérito e iniciativa, não de os misseis caírem bem longe do nosso jardim.
Sem comentários:
Enviar um comentário