Dois dos principais temas na primeira linha da atualidade mediática nacional, a receção aos refugiados ucranianos em Setúbal e a inconstitucionalidade da lei dos metadados, aparentemente muito distintos, revelam algumas semelhanças na atitude de como somos governados. Colocando de lado segundas intenções dissimuladas e assumindo que tudo não passa de simples distração e inação, é demasiado.
Assumir responsabilidades, gerir e governar não passa apenas
por cumprir normas e carimbar despachos; inclui muito de “e se, e se, e se…?”: prever,
avaliar, analisar possíveis consequências e antecipar soluções.
Ninguém se ter preocupado, nem se sentir responsável por ter
russos pro-kremlin a receber e a registar refugiados ucranianos é dormir na
forma e, já agora, para que precisamos de serviços de informação? Quando já em
2014 o tribunal de justiça da União Europeia tinha colocado em causa a validade
da recolha dos metadados, ninguém responsável se ter preocupado e termos
continuado 8 anos a instruir e a julgar processos, que agora se esvaziam … 8
anos… é incompetência ou irresponsabilidade, muitas.
Como se nos lembrássemos de pensar nos travões apenas depois
de bater no muro…
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