Um jovem soldado russo confessou o seu crime de guerra na Ucrânia, ter morto um civil deliberada e intencionalmente. Certo que a vítima e a sociedade em geral, pedem que justiça seja feita, o momento é simbólico, mas face ao que vemos diariamente, só podemos esperar que o jogo não fique pelos peões. Não terá havido um superior que o incentivou a disparar? E aquele que lançou um míssil contra um hospital? E quem deu ordem para lançar misseis com esses alvos?
Apesar de os civis sofrerem regularmente com as guerras foi,
depois do ensaio em Guernica, que na II Grande Guerra o massacre deliberado de
civis passou a ser utilizado assumidamente como arma de guerra. Face à
resistência apresentada pelos Países Baixos às forças nazis, que pretendiam
entrar rapidamente em França, contornando a fronteira comum bem defendida, a cidade
de Roterdão foi arrasada, com sucesso, forçando a capitulação imediata do país.
A seguir foi a vez de Londres, mas aí o resultado foi diferente.
Bombardear deliberadamente civis para desmoralizar a
população foi adotado no conflito por todos os lados, acabando a série com “sucesso”
após Hiroshima e Nagasaki. Se disparar contra um civil é um crime de guerra, arrasar
uma cidade também o será, certamente.
Não sei se se pode assumir razoável ter havido julgamento em
Nuremberga e não sobre os massacres em Hamburgo, Colónia, Dusseldorf ou Dresden,
só como exemplos. Seria impossível na altura, mas hoje? Grozni, Alepo e
Mariupol são exemplos de crimes de guerra inquestionáveis. Há justiça para os
julgar?
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