Para mim e certamente para muitos a memória de Jorge Coelho
ficará marcada principalmente por dois episódios. A demissão imediata após a
tragédia de Entre-os-Rios e o recado do “Quem se mete com o PS, leva!”. Por
trás destas duas atitudes, aparentemente díspares de virtude, existiria uma
coerência, a frontalidade. Com Jorge Coelho, sabia-se ao que ele vinha, com o
positivo e o negativo, mas de forma assumida.
Ouvimos hoje os elogios fúnebres fraternos daqueles para quem um ministro não é responsável por nada (de negativo; para positivo já é mérito), daqueles para quem “no limite …” a coisa pode nem sequer ter acontecido, ou pelo menos numa forma que lhes seja imputável, para quem a hipocrisia é tão natural como a respiração. Esta diferença faz evidenciar a degradação da qualidade humana dos atuais, digamos, responsáveis.
Sem comentários:
Enviar um comentário