Infelizmente, não me recordo de termos vivido tempos sérios, no que diz respeito à prática e ao discurso de quem nos governa. Correndo os doze anos destas minhas publicações, encontrar-se-ão muito mais pontos de crítica ao governo em funções em cada momento, do que aplausos. Estes tempos atuais, no entanto, parecem-me diferentes, para pior e o faciosismo acéfalo alastrou. Se quiserem parar de ler, podem fazê-lo, se quiserem contestar o meu raciocínio e contrapor algo, estão à vontade. Tudo exceto chamarem-me de falso, dissimulado ou desonesto. Aí, teremos o caldo mesmo entornado!
Para muitos, concordar ou discordar, dar importância ou ignorar um problema depende apenas da cor do mesmo. À falta de argumentos ou à preguiça para os procurar, cola-se uma etiqueta e “está tudo dito”. Ou é coisa da direita estúpida, ou da esquerda arrogante. O PS atual tem muita responsabilidade nisto. Se por um lado excita o pessoal com a bandeira da “esquerda”, do “outro caminho”, que merece ser bem escrutinado para saber onde vamos parar, e assim enfraquece potenciais “Podemos” e “Syrizas”, por outro lado, é de uma irresponsabilidade enorme.
Os tempos de má memória que vivemos entre 2011 e 2015 foram consequência de uma consistente má governação, ao longo de muitos anos. Por acaso, até era este PS quem estava ao leme quando afundamos. No período da troika, o fundamental da governação teria sido igual, qualquer que fosse o partido no poder. A mensagem atual de que a troika foi uma opção dos “pafiosos” e que com o PS teria sido diferente, é perigosamente muito desonesta.
Acreditei que o susto e o choque sofridos pudessem ter tido um efeito profilático e nos tornássemos mais sérios e mais exigentes. Infelizmente, não. Mente-se, insulta-se e reescreve-se a história mais do que nunca.
“A liberdade consiste, antes de mais, em não mentir. Onde a mentira prolifera a tirania anuncia-se ou perpetua-se.” Albert Camus.
Receio estarmos efetivamente a caminho de uma espécie de tirania. Como quem nos conduz são os donos da única fábrica habilitada a produzir bandeiras dizendo “liberdade”, o caminho só pode estar certo e nem se admitem discussões. As fábricas dos carimbos grosseiros funcionam a pleno regime. A nossa memória e inteligência são insultadas, com sorrisinhos sarcásticos que muito, muito, muito me incomodam.
Foto googleada, já não sei donde...
Para muitos, concordar ou discordar, dar importância ou ignorar um problema depende apenas da cor do mesmo. À falta de argumentos ou à preguiça para os procurar, cola-se uma etiqueta e “está tudo dito”. Ou é coisa da direita estúpida, ou da esquerda arrogante. O PS atual tem muita responsabilidade nisto. Se por um lado excita o pessoal com a bandeira da “esquerda”, do “outro caminho”, que merece ser bem escrutinado para saber onde vamos parar, e assim enfraquece potenciais “Podemos” e “Syrizas”, por outro lado, é de uma irresponsabilidade enorme.
Os tempos de má memória que vivemos entre 2011 e 2015 foram consequência de uma consistente má governação, ao longo de muitos anos. Por acaso, até era este PS quem estava ao leme quando afundamos. No período da troika, o fundamental da governação teria sido igual, qualquer que fosse o partido no poder. A mensagem atual de que a troika foi uma opção dos “pafiosos” e que com o PS teria sido diferente, é perigosamente muito desonesta.
Acreditei que o susto e o choque sofridos pudessem ter tido um efeito profilático e nos tornássemos mais sérios e mais exigentes. Infelizmente, não. Mente-se, insulta-se e reescreve-se a história mais do que nunca.
“A liberdade consiste, antes de mais, em não mentir. Onde a mentira prolifera a tirania anuncia-se ou perpetua-se.” Albert Camus.
Receio estarmos efetivamente a caminho de uma espécie de tirania. Como quem nos conduz são os donos da única fábrica habilitada a produzir bandeiras dizendo “liberdade”, o caminho só pode estar certo e nem se admitem discussões. As fábricas dos carimbos grosseiros funcionam a pleno regime. A nossa memória e inteligência são insultadas, com sorrisinhos sarcásticos que muito, muito, muito me incomodam.
Foto googleada, já não sei donde...
Sem comentários:
Enviar um comentário