Não tenho nenhuma simpatia especial pela Altice. Acabo até de cancelar um contrato com a MEO e zangado de tal forma que, tão cedo, não quero voltar a ouvir falar desse serviço. Apesar de tudo, o que me cobraram abusivamente ainda é inferior ao que, como todos os portugueses, perdi com as negociatas da empresa, quando esta estava na esfera pública.
Coincidindo com a compra da dona da TVI pela Altice, uma parte da nossa classe política aparece, de repente, muito preocupada com o futuro da PT. O PM até fez uma intervenção no Parlamento digna de terceiro-mundo, onde o poder se permite enviar publicamente bocas e remoques, conforme os seus humores, aos operadores económicos do país. Eu levaria mais a sério esta onda de preocupações, se lhes tivesse visto alguma quando a desastrosa gestão “política” da empresa fez derreter o seu valor, até ser comprada pela Altice por tuta e meia.
Dentro dessa onda de declarações, achei assaz curioso um comentário de Catarina Martins. Não entendia que a Altice estivesse a despedir pessoas da PT, quando afinal tinha dinheiro para comprar a Média Capital. Ou seja, o número de pessoas numa empresa não é determinado pelo necessário para ela ser eficaz e poder competir num mundo concorrencial, mas sim pelo recheio do cofre dos seus proprietários. Já agora, segundo Catarina Martins, como se enche esse cofre? Gostava de ver esta teoria económica melhor explicada e, de preferência, ilustrada com um exemplo de algum sucesso.
É assim tão difícil imaginar que os fundos disponíveis numa empresa não são uma espécie de herança recebida, para gastar, mas sim resultado de ser eficaz e competitivo? É assim tão difícil entender que quem “empata” dinheiro numa empresa, tem a expetativa de o recuperar com algum adicional, senão não investiria? É assim tão difícil entender ser indispensável haver quem invista, certamente que com regras e respeito pelas mesmas? Como não quero acreditar que exista tanta ignorância, é assim tão difícil a classe política ser séria?
Coincidindo com a compra da dona da TVI pela Altice, uma parte da nossa classe política aparece, de repente, muito preocupada com o futuro da PT. O PM até fez uma intervenção no Parlamento digna de terceiro-mundo, onde o poder se permite enviar publicamente bocas e remoques, conforme os seus humores, aos operadores económicos do país. Eu levaria mais a sério esta onda de preocupações, se lhes tivesse visto alguma quando a desastrosa gestão “política” da empresa fez derreter o seu valor, até ser comprada pela Altice por tuta e meia.
Dentro dessa onda de declarações, achei assaz curioso um comentário de Catarina Martins. Não entendia que a Altice estivesse a despedir pessoas da PT, quando afinal tinha dinheiro para comprar a Média Capital. Ou seja, o número de pessoas numa empresa não é determinado pelo necessário para ela ser eficaz e poder competir num mundo concorrencial, mas sim pelo recheio do cofre dos seus proprietários. Já agora, segundo Catarina Martins, como se enche esse cofre? Gostava de ver esta teoria económica melhor explicada e, de preferência, ilustrada com um exemplo de algum sucesso.
É assim tão difícil imaginar que os fundos disponíveis numa empresa não são uma espécie de herança recebida, para gastar, mas sim resultado de ser eficaz e competitivo? É assim tão difícil entender que quem “empata” dinheiro numa empresa, tem a expetativa de o recuperar com algum adicional, senão não investiria? É assim tão difícil entender ser indispensável haver quem invista, certamente que com regras e respeito pelas mesmas? Como não quero acreditar que exista tanta ignorância, é assim tão difícil a classe política ser séria?
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