É curioso como, após apenas um ano e meio de um ciclo de 5 anos, já se fala das próximas presidenciais. Ou não há mais tema, ou sendo baixas as expetativas sobre quem lá está, já se suspira pelo próximo.
À primeira vista, é surpreendente a aparente vantagem de
Gouveia de Melo, de quem pouco se conhece do pensamento e visão sobre as
grandes questões nacionais. É relevante como tanta gente está disposta a depositar
a sua confiança num quase estranho, que nos apareceu um destes dias de botas e
camuflado, diferente…
Outra curiosidade é como os dois principais partidos não
consigam apresentar um senador que inspire a confiança necessária. Nomes como
Marques Mendes ou Santos Silva, são quase anedóticos, sendo que a dificuldade
do PS neste capítulo não é de hoje.
A grande vantagem do almirante é ser diferente, fora do
“sistema político” e este não conseguir gerar figuras de peso e respeito. Consultar
na página do governo os CVs dos ministros, é significativo. Quantos fizeram alguma
coisa pela vida, fora dos círculos partidários? Que podem apresentar como
realização meritória, que a generalidade da população reconheça?
De todas as formas, é preferível a fuga para um austero
militar como Gouveia de Melo do que para excitados populistas como Francisco
Louçã ou André Ventura.
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