A comunicação emitida pelo Governo, não deve ficar apenas de boas novas. Se há algo que está a correr mal, é um dever divulgar essa informação, explicar as causas e apresentar as ações corretivas em curso ou planeadas.
Um dos temas onde existe uma forte carência nesse campo é o
excesso de mortalidade. As informações são extraídas a “saca-rolhas” e o
Governo anuncia um “estudo aprofundado” (!), com resultados a serem conhecidos
em 2024!?
Vamos ser sérios. É óbvio que a prioridade Covid no SNS terá
tido algum impacto nas restantes doenças. Até que ponto teve, é uma questão
fundamental. Parece óbvio que quem governa pensando e antecipando deveria ter
montado um sistema de acompanhamento que permitisse termos hoje dados concretos
sobre o impacto dessas carências no tratamento e acompanhamento dos doentes não
Covid.
Mesmo que nada tivesse sido feito e alguém tivesse acordado
agora, com Inês já morta, esperar por 2024 é surrealista. Vamos continuar
assim, que não estamos bem, e esperar por 2024 para termos informação que
permita entender e atuar? Brincamos com coisas muito sérias, não?
Sem comentários:
Enviar um comentário