19 agosto 2022

Os Robin do Paço


Tirar aos ricos para dar aos pobres é uma ideia simpática e aparentemente justa, especialmente quando a riqueza é usurpada e a pobreza desmerecida. Atualmente já existem vários mecanismos fiscais e de apoio social que fazem uma importante transferência dos mais ricos (pelo menos dos que declaram rendimento), para os mais necessitados.

Nestes tempos conturbados, vemos inflação, a que já não estavam habituados, e é forçoso de uma certa natureza humana, haver quem aproveite o aumento dos custos, arredondando para cima os preços. Diz-se assim que há empresas a beneficiar de “lucros extraordinários” e que devem ser taxados…

Se estão a ganhar em “demasia”, quem está a pagar são os consumidores e na economia de mercado em que vivemos, a pior com exceção de todas as outras, deverá haver mecanismos intrínsecos de correção. O Governo deve verificar se o acesso ao mercado é livre e para casos mais sensíveis estão aí os reguladores.

Que o governo se queira apropriar desses excessos com mais uma taxa ou taxinha, para fazer sabe-se lá o quê, não alivia os consumidores, pelo contrário consolida os preços altos. Aliás o próprio está também a ter receitas adicionais e poderia dar o exemplo, abrindo mão de algumas taxinhas, ao contrário de procurar novas.

Além de que a relação entre o Estado e as empresas deve ser séria e estável e não estar à mercê de investidas populistas.

Sem comentários: