Tirar aos ricos para dar aos pobres é uma ideia simpática e aparentemente justa, especialmente quando a riqueza é usurpada e a pobreza desmerecida. Atualmente já existem vários mecanismos fiscais e de apoio social que fazem uma importante transferência dos mais ricos (pelo menos dos que declaram rendimento), para os mais necessitados.
Nestes tempos conturbados, vemos inflação, a que já não
estavam habituados, e é forçoso de uma certa natureza humana, haver quem
aproveite o aumento dos custos, arredondando para cima os preços. Diz-se assim
que há empresas a beneficiar de “lucros extraordinários” e que devem ser
taxados…
Se estão a ganhar em “demasia”, quem está a pagar são os
consumidores e na economia de mercado em que vivemos, a pior com exceção de
todas as outras, deverá haver mecanismos intrínsecos de correção. O Governo
deve verificar se o acesso ao mercado é livre e para casos mais sensíveis estão
aí os reguladores.
Que o governo se queira apropriar desses excessos com mais
uma taxa ou taxinha, para fazer sabe-se lá o quê, não alivia os consumidores,
pelo contrário consolida os preços altos. Aliás o próprio está também a ter
receitas adicionais e poderia dar o exemplo, abrindo mão de algumas taxinhas,
ao contrário de procurar novas.
Além de que a relação entre o Estado e as empresas deve ser
séria e estável e não estar à mercê de investidas populistas.
Sem comentários:
Enviar um comentário