De há uns anos para cá a fase final da supertaça espanhola é disputada na Arábia Saudita, vá-se lá saber porquê…
No passado dia 10 jogou-se uma das meias-finais entre o Real
Madrid e o Atlético de Madrid. Antes do início da partida estava programado um
minuto de silencio, em homenagem ao grande futebolista alemão, Franz
Beckenbauer, recentemente falecido.
Na prática não foi de todo um minuto de silêncio, dado que
as bancadas resolveram assobiá-lo do princípio ao fim. Li, depois, tratar-se de
uma questão cultural. Dizem que o silencio pelos mortos não é tradição na
região. Pode não ser, mas…
Será tradição pelo menos dos convidados que estavam no
relvado e, mesmo não o sendo dos “anfitriões”, o respeito pelas tradições dos
outros, especialmente pelo luto alheio, é daquelas coisas que não devia ser
necessário muito esforço para respeitar.
Há uns anos estive em Londres em novembro, durante as
celebrações do armistício da I Grande Guerra. Com tantos milhares de pessoas na
rua, assistir ao silencio absoluto daqueles dois minutos foi uma experiência
impressionante. Certamente mesmo para quem não tenha vivido e sentido a guerra,
para quem não tivesse o hábito de momento semelhante, não havia alternativa
senão ficar imóvel e em… silêncio.
Diferenças culturais… eles compram tudo e não parecem aprender
nada.
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