Sou certamente parte de um largo número de portugueses que assistiu atónito às decisões e justificações do juiz Ivo Rosa em abril de 2021, quanto ao que fazer com o processo e julgamento de José Sócrates, especialmente pelos critérios para a contagem da prescrição, (des)valorização seletiva de testemunhas e mais outras bizarrices.
Certo que a
aplicação das leis tem detalhes e procedimentos que só os iniciados no tema
dominam. No entanto, o resultado terá de ser lógico e entendível pelo cidadão
comum, sob o risco de passarmos para o domínio da (in)justiça.
Estes dias,
soubemos que a Relação anulou e reverteu uma boa parte das decisões desse abril
de 2021. Certo, ficamos com a sensação de mais justiça, mas… quase 3 anos
perdidos!? Como é possível que umas simples decisões de um simples juiz, possam
ter atrasado um processo desta importância por quase 3 anos. É injusto.
Já vimos que
José Sócrates não quer ser julgado, mas não devia ser assim tão simples brincar
com a justiça portuguesa. Discursos sobre a necessidade de mudar não faltam,
mas uma coisa são discursos, outra são ações. Há mesmo vontade de mudar algo?
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