Ao que parece, a turbulência com a gestão e a tutela pública da TAP ainda não terminou. Depois de uma longa, penosa e por vezes caricata comissão parlamentar de inquérito, que supostamente tudo analisou e esclareceu, a defesa apresentada pela própria TAP ao processo que a ex CEO lhe colocou, veio trazer mais alguns fatos e argumentos curiosos…
Em primeiro
lugar, ao contrário do que sempre afirmou a tutela, a senhora não seria uma
grande gestora e a recuperação da empresa foi mais pelo contexto do que pelo
mérito da equipa de gestão. Depois, a CEO ocupava outros cargos incompatíveis
com o estatuto a que estava obrigada. Isto constitui motivo para despedimento
com justa causa, mesmo tendo sido “descoberto” pela TAP, depois de a ter
despedido… aqui não se pode falar de protelamento de decisões, foi agir até
antes de conhecer. Do outro lado, diz-se
que essa situação teria sido previamente exposta e autorizada.
Não sei como
isto vai acabar, mas uma coisa é certa. Quando o Estado Português quiser
contratar um Profissional de primeira água, vai ser muito difícil convencer
alguém sério e competente a trilhar caminhos que podem conduzir a estes
imbróglios.
Entretanto, enquanto
ouvimos loas à fantástica recuperação e rentabilidade da empresa, esta recebe
mais 343 milhões de euros do Estado, para aumento do capital social. Estava
previsto, aparentemente ainda haverá outro para o próximo ano, mas se as coisas
estão a correr tão bem à empresa, o fluxo financeiro não deveria ser no outro sentido?!
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