Na
pré-campanha em curso para as próximas eleições legislativas de março, parece
que todos os discursos, estratégias e propostas andam em torno do “quem dá
mais?”.
Como se o
eleitorado fosse uma trupe infantil e infantilizada, que irá escolher um
patrono em função do valor da mesada prometida. Este estado de coisas, e a
natureza das exigências que o eleitorado privilegia, faz-me recordar a frase de
JF Kennedy, umas décadas atrás, “não perguntem o que o que o vosso país pode
fazer por vós; perguntem o que podem fazer pelo vosso país”.
Nos tempos
atuais, uma boa parte dos eleitores e nomeadamente os pensionistas, devem
entender que já fizeram o que podiam pelo país e que agora o jogo será mais
quanto à retribuição potencial. Também os funcionários públicos poderão assumir
que, na ausência de uma real meritocracia nas suas carreiras, fazer mais ou
melhor não muda nada.
No entanto, e
isto é uma sugestão, pensem um pouco menos egoisticamente, pensem no país que
vai ficar aí para quem cá fica. Pensem nos vossos filhos que penam em conseguir
independência financeira e local próprio para viverem; pensem nos vossos netos
que deixaram de ver porque optaram por uma vida mais desafogada a uns milhares
de quilómetros de distância. Conseguir melhores condições para eles, não se
resolve com leilões de mesadas. Consegue-se com maior criação de riqueza. Era
isso que devia estar a ser discutido prioritariamente
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