Eu não queria falar disto, mas há quem o esteja a tornar tema obrigatório diário. O Chega é um partido pouco recomendável num sistema politico saudável, pela natureza de algumas propostas, pela inconsistência e irrealismo das mesmas e pela fragilidade de uma estrutura “one man show”… Se uma solução governativa para o país vier a passar por eles não são boas notícias.
Agora, na outra ponta, se é que se pode assumir alguma
linearidade neste universo, partidos que têm dúvidas quanto à possibilidade de
a Coreia do Norte ser uma democracia, com simpatia para regimes incompetentes e
brutais como a Venezuela, condescendentes com o camarada Putin, mesmo quando
ele agride brutalmente um vizinho sem um mínimo de justificação ou de
humanidade, também não são gente recomendável.
Todos estes podem não ser um problema para a democracia do
país no sentido restrito do conceito, mas serão um problema para o modelo de
país justo e livre onde queremos viver. Estes alertas constantes do “Vem lobo,
vem lobo…” são apelos a que, de um lado ou de outro, ele venha mesmo (e vejam
onde anda hoje o partido socialista francês depois de Miterrand ter jogado um
xadrez idêntico umas décadas atrás).
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