As organizações que se pretendem eficazes e competitivas têm naturalmente horror a vazios de liderança. São fatais. Quando um líder se declara ou é declarado incapaz, a substituição deve ser o mais célere possível.
O Estado não é necessariamente um exemplo de eficácia e, quanto
à competitividade, o resultado da sua “gestão” costuma ser num prazo que dificulta
a identificação de causa-efeito. De todas as formas, liderança é liderança e
sem liderança efetiva, legitimada e plena, não há milagres.
Vem isto a propósito da data das próximas eleições
legislativas, dentro de quase três meses. Disse-se na altura que era necessário
dar tempo ao PS para se recompor e reconstruir após a demissão do seu líder. Apesar
de isso ser um problema do partido e não do país, até já está feito. Para que
servem estes longos meses até às eleições e tomada de posse de um novo governo
legitimado e efetivo…?
Não sei e até receio que, mais do que discutir propostas e
ideias, vamos assistir a um certo concurso de cuspidelas. Quem cospe mais longe
e mais grosso.
Temos todo o tempo do mundo? Não. Tempo perdido é tempo
perdido.
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