22 dezembro 2023

À espera que…


As organizações que se pretendem eficazes e competitivas têm naturalmente horror a vazios de liderança. São fatais. Quando um líder se declara ou é declarado incapaz, a substituição deve ser o mais célere possível.

O Estado não é necessariamente um exemplo de eficácia e, quanto à competitividade, o resultado da sua “gestão” costuma ser num prazo que dificulta a identificação de causa-efeito. De todas as formas, liderança é liderança e sem liderança efetiva, legitimada e plena, não há milagres.

Vem isto a propósito da data das próximas eleições legislativas, dentro de quase três meses. Disse-se na altura que era necessário dar tempo ao PS para se recompor e reconstruir após a demissão do seu líder. Apesar de isso ser um problema do partido e não do país, até já está feito. Para que servem estes longos meses até às eleições e tomada de posse de um novo governo legitimado e efetivo…?

Não sei e até receio que, mais do que discutir propostas e ideias, vamos assistir a um certo concurso de cuspidelas. Quem cospe mais longe e mais grosso.

Temos todo o tempo do mundo? Não. Tempo perdido é tempo perdido.

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